A Lanna Lorena foi a primeira doadora a comemorar o aniversário no Centro de Hematologia de Hemoterapia do Piauí (Hemopi). Neste sábado, 17 de julho, ela realizou a 14ª festa de aniversário. Atualmente, ela reside Portugal, mas isso não a impediu reunir amigos e familiares para celebrar mais um ano de vida revertendo seus presentes em doações de sangue.

A festa foi transmitida via internet e ela acompanhou em tempo real a festa lá de Portugal. Teve bolo, parabéns, música e os convidados mais uma vez atenderam ao pedido e vieram doar sangue. Até agora, foram 46 doações “de presente” para Lanna. Durante essa semana, algumas pessoas que não puderam comparecer no sábado, virão doar também.

A história da Lanna com o Hemopi começa ainda na adolescência quando a mãe ficou internada e precisou de transfusão de sangue. “Ela precisou de doações. Desde então, surgiu em mim uma vontade de doar sangue. Então, na minha festa, os meus convidados todos tem que doar. Recebeu o convite, o presente - que eu só peço isso -, é vir comemorar comigo e doar sangue. Quem não puder doar, vem e traz um amigo”, ressalta.

A mãe da aniversariante, Lenice Cardoso, que hoje esbanja saúde e também se tornou doadora de sangue por conta da iniciativa da filha, ficou com a missão este ano de representa-la e recepcionar os convidados.

Lanna foi a primeira doadora a comemorar o aniversário no Hemopi e isso inspirou muitas outras a fazerem o mesmo. “Com a Lanna, já são 10 doadoras que fazem essa ação de forma regular. E todos ganham com isso, tanto os aniversariantes, amigos e familiares que comemoram e o Hemopi que reabastece seu estoque”, explica a supervisora de captação de doadores do Hemopi, Suzanne Rocha. Ela destaca ainda que o gesto de solidariedade da jovem é fundamental durante o mês de julho, época de baixa no número de doações.

“Esse período de férias é complicado, pois há uma redução das doações e um aumento da demanda. Com a pandemia, iniciativas como essa se tornaram ainda mais importantes porque estimula as pessoas a virem doar”, destaca Suzanne.

Doar sangue é gesto de solidariedade que pode salvar até quatro vidas. O Hemopi é o único hemocentro do Piauí, responsável por abastecer toda a rede pública hospitalar e parte da rede privada. O diretor geral do Hemopi, Jurandir Martins, destaca que para manter o estoque e conseguir atender a demanda hospitalar, o Hemopi precisa que os doadores venham de forma regular e contínua.

“Todos os dias precisamos de todos os tipos de sangue em nosso estoque para conseguir atender a demanda que não encolheu por conta da pandemia. Pelo contrário, a demanda se manteve e as doações reduziram nesse período. O Hemopi é um local seguro, onde cumprimos protocolos rígidos de biossegurança, que foram reforçados com a pandemia. Então, se a pessoa preenche os requisitos básicos, pedimos que venha doar”, enfatiza o diretor.

Para ser doador é preciso:

Ter entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos precisam de autorização dos pais e/ou responsáveis para doar sangue. O Termo de Consentimento está disponível para impressão no site do Hemopi;

Pesar acima de 50 kg;

Estar saudável, sem sintomas de gripe ou resfriado;

Estar alimentado e ter dormido bem na noite anterior à doação;

Portar um documento oficial com foto válido em todo o território nacional;

Os candidatos à doação de sangue passam por uma triagem clínica antes de doar. Todo processo é feito no próprio hemocentro, não sendo necessário trazer nenhum exame ou comprovação. No Piauí, é possível fazer a doação de sangue em Teresina e também nos hemocentros regionais de Picos, Parnaíba e Floriano.

Para agendar uma festa de aniversário ou doações em grupo a partir de 10 pessoas, é preciso entrar em contato com o setor de capatação de doadores do Hemopi através do email hemopi@hemopi.pi.gov.br.