Hemopi chama atenção para a importância do cadastro como doador de medula óssea
16/09/2021 - 11:12  

O dia do doador é comemorado em setembro

Hemopi chama atenção para a importância do c O Brasil possui 5.419.941 pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (redome). Destes, 94.254 mil são do Piauí, número que corresponde a aproximadamente 3% da população geral do Estado, e está dentro do percentual mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, o perfil geral do doador no Brasil é de mulheres, brancas e na faixa etária entre 30 e 44 anos. É preciso diversificar esse perfil para aumentar as chances de compatibilidade para quem está na fila de espera por um transplante.

 “Os bancos de doadores são interligados em todo o mundo e mesmo assim, ainda existem muitos casos onde não se encontra um doador compatível dentro desses registros. Aqui no Piauí, em 2019 tivemos 67 pessoas convocadas, mas somente cinco efetivamente doaram. Em2020 esse número dobrou. Foram 10 pessoas que efetivamente doaram medula óssea. Isso é muito positivo visto o cenário de pandemia no qual vivemos”, pontua Jurandir Martins, diretor geral do Hemopi.

Ele lembra ainda que os hemocentros de todo o país são responsáveis somente pelo cadastro de doadores de medula óssea e em casos de compatibilidade, o Hemopi entra em contato como possível doador para informar e saber se a pessoa realmente tem interesse em doar.

 “É um processo minucioso que tem várias etapas. A primeira delas é o cadastro, pelo qual somos responsáveis. Todo o processo a partir daí é conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que é o órgão no Brasil que gerencia o Redome. Além do cadastro, o doador precisa manter seus dados sempre atualizados para facilitar o contato em casos de compatibilidade”, explica o diretor do Hemopi.

O doador pode atualizar seus dados cadastrais tanto no site do Redome (www.redome.inca.gov.br) quanto pelo aplicativo lançado recentemente pelo Inca e disponível para celulares com sistema IOS e Android. No aplicativo Redome, além de atualizar o cadastro, o usuário tem acesso a carteirinha e a declaração de doador de medula óssea.

 Mudanças

No mês de junho, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que determina mudanças no cadastro de novos possíveis doadores de medula óssea no registro brasileiro (Redome). As mudanças reduzem a idade máxima para cadastro para 35 anos de idade e modificam o modo como é feito o exame de tipagem HLA que passa a ser feito por meio de sequenciamento, tecnologia mais atual e detalhada.

 A redução na idade máxima para cadastro é uma tendência mundial nos registros há algum tempo. O registro canadense já diminuiu a idade para 40 anos há cerca de 10 anos, os registros americano e alemão também reduziram. Essa mudança aconteceu, porque começou-se a perceber que os resultados com o Transplante de Medula Óssea (TMO), quando o doador era mais jovem, eram melhores. Segundo pesquisas da área, as taxas de mortalidades são mais baixas quando o doador não-aparentado é mais jovem, do que quando se usa doadores mais velhos. E esses resultados foram se consolidando ao longo do tempo, o pesquisador C. Kollman publicou em 2016, na revista Blood, resultados que mostravam que para cada 10 anos a mais na idade de um doador a taxa de mortalidade do paciente transplantado aumenta em 5,5%.

 Dia Mundial do Doador de Medula - 18 de setembro

A World Marrow Donor Association (WMDA), uma associação global de registros de células-tronco sanguíneas, medula e / ou cordão umbilical que representam mais de 39 milhões de doadores de células-tronco sanguíneas de 55 países diferentes, comemora o Dia Mundial do Doador de Medula (WMDD), que este ano será celebrado no dia 18 de setembro. Este é o 7° ano consecutivo onde se comemora a data , sempre no terceiro sábado do mês de setembro. O objetivo principal é agradecer a todos os doadores e destacar a cooperação global no transplante de medula óssea.

Devido à pandemia global em andamento, o WMDA decidiu novamente celebrar o WMDD 2021 virtualmente. O evento online deste ano será uma transmissão ao vivo 24h, transmitida no YouTube (https://youtu.be/lVwJp5hJDuM). Em todos os continentes, pacientes, doadores, organizações como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) prepararam vídeos para compartilhar na celebração e divulgar a conscientização.

O primeiro transplante de medula óssea foi realizado na década de 1950. Desde lá foram mais de um milhão de pacientes submetidos ao procedimento ao redor do mundo para o tratamento de uma ampla variedade de cânceres do sangue e outras doenças do sangue e da medula óssea. O transplante pode ser a única chance de cura. Quando não há um doador adequado na família, recorre-se aos bancos de doadores não aparentados para buscar um doador compatível que pode ser de uma parte do mundo completamente diferente. A rede global de organizações do WMDA torna possível a cooperação e a troca global de informações.

 Quem pode ser doador?

 Com a mudança nos critérios feitas pelo Ministério da Saúde, para se tornar um doador de medula óssea é preciso:

  – Ter entre 18 e 35 anos de idade;

 – Estar em bom estado geral de saúde;

  – Não ter doença infecciosa ou incapacitante;

 – Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico;

 – Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

  Mais de 80 doenças tem indicações de realização de transplante de medula óssea para tratamento. O Brasil possui o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. A chance de se identificar um doador compatível na fase preliminar é de até 88%.adastro como doador de medula óssea




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