Hemopi tem laboratório que identifica sangues raros
09/03/2023 - 09:36  

Doador fenotipado doando o sangue em Botucatu/SP

Em fevereiro de 2023, o caso de uma paciente internada na cidade de Teresina que precisou de uma transfusão sanguínea chamou atenção da equipe do Laboratório de Imuno-Hematologia do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi). A paciente possui um anticorpo raríssimo, conhecido como Anti-Ku, incidente em maior proporção na população de países como Finlândia, Japão e Reino Unido. A chance de encontrar um doador compatível é de 0.01 % na população geral.

Engane-se quem pensa que só existem os oito tipos de sangue e dois fatores Rh. Segundo a Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT) existem, atualmente, 43 sistemas que descrevem mais de 373 antígenos diferentes e esse número não é definitivo. Entre os antígenos já conhecidos, alguns são extremamente raros, como esse que foi identificado na paciente piauiense.

O Laboratório de Imuno-Hematologia foi criado em 2011 e possui atualmente cerca de cinco mil cadastros entre doadores e receptores. De acordo com o supervisor do laboratório, Pedro Afonso Sousa, no Brasil apenas três doadores são compatíveis com essa paciente. “Com ajuda da Coordenação Nacional de Sangue, conseguimos localizar um doador no interior do Estado de São Paulo. A doação foi realizada na cidade de Botucatu (SP) e enviada à Teresina para ser transfundida na paciente”.  

A pesquisa de doadores raros ainda é uma prática pouca realizada no País. O Hemopi é um dos hemocentros que possui esse serviço de fenotipagem. “O nosso objetivo é encontrar essas raridades e garantir a segurança transfusional. É um trabalho minucioso que ajuda a salvar pacientes dentro e fora do Estado", explica Pedro Afonso.

Fonte: Ascom/Hemopi



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