O Dia Nacional da Segurança do Paciente é comemorado em 01 de Abril e tem como objetivo compartilhar os conhecimentos e práticas seguras realizadas pelas instituições para reforçar a segurança do paciente, dos profissionais e do ambiente de assistência à saúde. No Hemopi, o Núcleo de Segurança do Paciente é responsável pelo monitoramento das boas práticas desde a doação até a transfusão.

Até chegar ao paciente, o sangue doado percorre um longo e criterioso caminho adotado por todos os hemocentros do pais, independente da região. Após a doação, o sangue é encaminhado para exames laboratoriais. Cada bolsa de sangue passa por um processo de centrifugação que faz a separação dos hemocomponentes que serão utilizados para transfusão, conforme a necessidade dos pacientes. São eles: Concentrado de Hemácias, Concentrado de Plaquetas, Plasma fresco congelado e Crioprecipitado.

Os hemocentros trabalham 24 horas por dias, todos os dias do ano e seguem um rígido protocolo de biossegurança que garante as boas práticas em cada etapa do processamento da bolsa de sangue. “Todo esse processo deve ser supervisionado, monitorado e passa regularmente por testes de qualidade para manter os padrões exigidos pela legislação vigente. Isso é necessário para certificar que o sangue doado seja seguro para o paciente que está à espera de uma transfusão no leito hospitalar”, explica a biomédica Thaiza Graziella.

Saúde do Trabalhador

A enfermeira Juliana Kelly explica que é muito importante a Saúde do Trabalhador está inserida dentro Núcleo de Segurança do Paciente do Hemopi. “O nosso objetivo é evitar o adoecimento inerente ao trabalho em saúde pelo contato com o sofrimento e a finitude da vida. Somado a isso, também temos os riscos de contaminação. As ações estratégicas da qualidade do cuidado e da segurança/saúde do trabalhador incluem a adesão aos protocolos de manejo clínico, o uso de protocolos de segurança do paciente e do trabalhador, as estruturas e processos destinados a proteger pacientes e profissionais de saúde da disseminação de doenças e seus agravos no interior dos serviços de saúde e a avaliação e monitoramento de risco desses profissionais”, explica.

Protocolo Estadual de Transfusão Segura (PETS)

Elaborado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM/PI), Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren/PI), Fundação Municipal de Saúde (FMS) e Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado do Piauí (Divisa/PI), o PETS é uma ferramenta que visa fortalecer o Ciclo do Sangue.

Implantado no final de 2023, o protocolo veio para padronizar todo o processo transfusional, aumentando assim a segurança e qualidade das transfusões do hemocomponentes e evitando incidentes com o troca de amostras, bolsas de sangue ou pacientes.

 “O PETS foi instituído para padronizar toda as ações médicas, de enfermagem e técnicos de enfermagem para que possamos ter um ato transfusional seguro, resolutivo e que todos os nossos pacientes possam ter a certeza de que estão recebendo um produto de qualidade na nossa rede. O sangue é problema nosso e temos a responsabilidade sobre o produto que distribuímos, mas os mesmos padrões precisam ser seguidos pelo médicos que prescrevem a transfusão e os profissionais de enfermagem e técnicos que estão na ponta dessa rede de saúde”, explica a gerente técnica do Hemopi, a médica hematologista Karina Nava.