O Hemocentro Regional de Floriano é o primeiro hemonúcleo do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) a produzir plaquetas. A unidade é responsável por abastecer boa parte dos hospitais da região sul do Estado, e a implantação desse procedimento vai reduzir o tempo de espera dos pacientes por esse hemocomponente, que até então só era produzido no Hemocentro Coordenador de Teresina.
Para iniciar a produção em Floriano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) adquiriu um dos equipamentos mais modernos do mercado para a separação automática de hemocomponentes.
O Diretor Geral do Hemopi, Dr. Rafael Alencar, ressalta que a descentralização da produção facilita a logística de distribuição, reduzindo o tempo de resposta às unidades de saúde abastecidas pelos Hemopi. “Até o final desse mês os hemocentros regionais de Parnaíba e Picos também produzirão plaquetas. Os equipamentos já estão disponíveis e assim que o treinamento dos técnicos for finalizado, a produção será iniciada. Desta forma, todos os hemonúcleos terão o mesmo parque tecnológico do Hemocentro Coordenador, levando mais agilidade, segurança e qualidade ao atendimento dos pacientes”.
A coordenadora do Hemocentro Regional de Floriano, Eliomara Elayne, explica que a agilidade no atendimento foi o maior benefício conquistado com a descentralização. “Ganhamos tempo ao produzir plaquetas aqui no regional, um componente que tem validade de apenas 5 dias. Isso deu mais agilidade no atendimento das demandas dos pacientes atendidos no Hospital Regional Tibério Nunes, e também de outras cidades que estão dentro da área de referência do hemocentro regional de Floriano, como Bom Jesus, que já teve solicitações de transfusões atendidas com a nossa produção. Um ganho para os pacientes que tiveram esse tempo de liberação de plaquetas reduzido”, explica.
As plaquetas são um dos componentes do sangue que atuam na coagulação. O seu uso é indicado para o controle de sangramentos, que podem acontecer devido traumas, cirurgias, doenças crônicas como o câncer, doenças infecciosas agudas como a dengue, etc.
Além da descentralização, outros investimentos estão sendo feitos na melhoria dos quatro hemocentros, como aquisição de novas poltronas para coleta de sangue, homogeneizadores digitais de sangue, centrífugas refrigeradas de solo, equipamentos da cadeia de frio (câmaras, freezeres, freezer de congelamento rápido de plasma), etc. Já está em fase de implantação o novo sistema de gerenciamento de bancos de sangue, um software que vai integrar os hemocentros de todos os Estados ao Ministério da Saúde. O novo sistema vai facilitar, entre outros serviços, o acesso dos doadores de sangue, por meio do app Meu SUS Digital, a informes sobre campanhas de doação de sangue, carteira do doador e consultas da data para a próxima doação.
Por Sana Moraes/ Ascom Hemopi