O Serviço Ambulatorial do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) ampliou sua atuação nos últimos anos e, apenas entre janeiro e novembro de 2025, ultrapassou a marca de 80 mil atendimentos. Nesse período, foram realizadas 48.256 consultas especializadas – envolvendo hematologistas, equipe multiprofissional e atendimentos clínicos – e 43.869 procedimentos laboratoriais, incluindo exames de hemostasia, sorologia, mielograma e imuno-hematologia.
A coordenadora do serviço, a Farmacêutica Yara Xavier, explica o Hemopi é referência como ambulatório de coagulopatias e hemoglobinopatias e ainda oferta os serviços de transfusão sanguínea e sangria terapêutica, Infusão de medicamentos e atende os doadores inaptos.
Um dos pacientes do ambulatório de coagulopatias é o motorista por aplicativo Herlles Rodrigues, 40 anos, diagnosticado com hemofilia ainda na infância.

“Como muitos hemofílicos, desenvolvi sequelas físicas e preciso de fisioterapia regularmente. No Hemopi, o atendimento é completo: médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista. Tudo pelo SUS. A qualidade de vida melhorou muito. Hoje tem o tratamento profilático feito com o fator de coagulação, que podemos levar para casa. Facilita a rotina”, afirma.
A responsável técnica do ambulatório, a hematologista Bruna Eulálio, explica que o atendimento do ambulatório de transfusão também passou por expansão.

“O serviço já existia, mas era voltado principalmente para pacientes com anemia falciforme e anemia aplásica acompanhados pela equipe do Hemopi. Com a ampliação, passamos a atender qualquer paciente do Estado que necessite de transfusão ou sangria terapêutica, desde que encaminhado por um hematologista”, destaca.
Antes da ampliação, o ambulatório realizava, em média, 90 transfusões por mês. Em 2025, o número saltou para 691 sangrias terapêuticas e 11.191 transfusões de hemocomponentes, incluindo hemácias, plaquetas e plasma.
“Conseguimos ampliar de forma significativa a assistência transfusional no Estado. Além das transfusões, também realizamos outros procedimentos, como tratamento de deficiência de ferro e infusão de medicamentos”, completa Bruna Eulálio.
Por Sana Moraes/Ascom Hemopi